16.7.12

"Xilocidade - memória urbana gravada".


Ultimos dias para quem estiver em Porto Alegre - RS para visitar minha exposição
"Xilocidade - memória urbana gravada".
Termina dia 18 - 4ªfeira.
São 48 xilogravuras desta série.







Comenta Manoela Afonso:

“A paisagem urbana é mutante e precisa constantemente dar lugar ao novo, mas tende a apagar as marcas do passado. A cidade é realmente uma grande obra sempre em construção, vivenciada diferentemente a cada instante pelo homem. Mas seu acelerado crescimento aumentou seu caráter hostil, desencadeando o rompimento das relações afetivas do homem com seu próprio habitat e a perda de identidade com a cidade em que vive. A fragmentação da história e da memória do homem tornou-se uma triste realidade que o situa num contexto social degenerado, além de prejudicar e inviabilizar a construção da sua cidadania. O homem urbano pós-moderno pode encontrar-se desconexo do seu meio ambiente, por não reconhecê-lo mais.

Xilocidade é um movimento de busca e registro da memória urbana. André vasculha sua memória de menino carioca, volta ao passado e se depara com casas com quintais cheios de árvores frutíferas, com a casa onde nasceu sua mãe, com construções antigas onde antes viviam famílias inteiras e que hoje desaparecem caladas levando consigo tanta história. Suas memórias mais antigas remetem à paisagem modificada pelo tempo e pelo homem no Rio de Janeiro; suas lembranças mais recentes identificam a persistência das antigas fachadas de Curitiba.”







A Gravura na trajetória de André de Miranda

Nascido no Rio de Janeiro em 1957, desenhista, pintor, gravador e artista educador, mora e trabalha na cidade do Rio de Janeiro.


André de Miranda morou no Paraná na cidade de Curitiba de 2004 a 2008, onde ministrou palestras e oficinas na Universidade Federal do Paraná, no Museu Oscar Niemeyer onde tem obras em seu acervo, no SESC unidade Centro e nas cidades de Maringá e Foz do Iguaçu, além de exposições em outras regiões do estado.


Manteve também atelier na cidade de Três Lagoas – MS., de 1994 a 1998.
Já realizou mais de 250 exposições entre individuais e coletivas.
Sua primeira exposição individual de xilogravuras foi no Rio de Janeiro em 1981.
Iniciou seus estudos em xilogravura em 1979 com Ciro Fernandes e J. Borges.
Frequentou as oficinas do SESC Tijuca Rio, sendo aluno de Anna Carolina, gravura em metal com Heloisa Pires Ferreira e na Escolinha de Arte do Brasil com Marcelo Frazão; oficina de gravura do SESC Nova Iguaçu – RJ, além de ter convivido em diversos ateliês de gravura, desenho e pintura no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Suas obras se encontram em importantes acervos de museus e galerias da Suécia, França, Portugal, Espanha, Romênia, Polônia, Japão, Argentina e Brasil.
Já ministrou mais de 100 oficinas e palestras de gravura de norte ao sul do país.
Além de inúmeros prêmios recebidos, destaca-se em 2003, o prêmio aquisitivo no 8º Salão Internacional de Gravura el Caliu - Olot - Girona, Espanha.
Foi membro do Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul e do Grupo Gravura.

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